Sol de Vida

Sol de Vida

Tarde de domingo,

Outra vez indo

À luta por um futuro

Menos duro

Pra todas pessoas.

A voz ressoa

Longe, na beira da estrada

A lua foge bestificada

Pelo poder da mente,

Controlando eternamente

A face terrena.

Eta Vida pequena

Pra tantas aspirações.

Eta! É necessário ação

Pra tanto sentimento.

Este é o momento

De ver o SOL nascer,

Iluminando o caminho

Do pequenino ser

À procura de soluções.

Verde-Patria

Verde-Pátria

Verdes olhos nunca os tive,

Mas de ver, falar,

Explicar, resmungar galhofas,

E re-explicar aos burocráticos irresolutos,

Tenho-os verdes,

Verde-pátria dos melhores.

Verde pátria amada

E por tantos devastada

Por devoção à imagem 
mística dos desertos

De compreensões e soluções simples.

Ordem...!?

Progresso, isto sim, 
a passos tartaruguianos.

Economia sem recursos.

Brasil e seus impulsos

Quem sabe um dia, revolucionários.

Telegrama

Telegrama

Um telegrama barra

A passagem de toda emoção

Festiva da juventude alucinada.

América, grite em mim

Com seu hálito forte de selvagem sábia,

O ideal de ser livre espiritualmente,

De deflagrar no fim

A beleza de atingir um objetivo.

Telegrama trás notícia pra jovem:

                              Sê humilde

                              Sê inteligente

         Sê você, vivendo sem vícios.

                              América!!!

Os mortos contam seus prodígios escuros

E vivos fazem os seus,

Pra, depois, quando mortos

E chorosos contarem.

A vida passa rapidamente,

Mas o tempo se faz útil

Para que haja evolução,

Sobrepujando os citados prodígios,

Malfeitores de puro coração.

Duros, duros

Os tombos, mas necessários.

Ama seca

Ama seca

Tudo que vive ama,

Tudo que ama vive.

Ajudando aos fracos

Vou ficar mais livre.

Somos humanos

Somos falíveis.

Nossa Epoca

Nossa Época

Época de magras vacas,

Época de constituinte,

Eleições, trabalho.

Época de lutas tribais por terra,

Época de idéias revolucionárias

De poucos padres populares,

Chamados comunistas

Por sua bondade

Partidários dos “sem terra”.

Época de vida e morte.

Época de políticos gananciosos,

Mentirosos e incapazes

De realizar algo pelo povo.

Escrita em 28/09/86

Sex Farma

Sex Farma

Ecoa nos ouvidos

O grito Ribeirão Despregueia!!!

E mais que isto

Ecoa na alma

As lembranças dos tempos idos.

Viemos Dorotéia

Saldar o nosso povo

Muita alegria na plateia

É a Farma Sex aqui de novo...

Grande emoção

Em nosso reencontro

Maior ainda foi sentir

Sinceros abraços e apertos de mão,

Boas conversas e prosas sem fim,

Comprovando que mais que colegas

Nos tornamos irmãos

Em ideais e em idéias

Em vivências e em presenças

Da Farma USP Ribeirão.

Salve 2019

Feliz por ser Sex

De coração.

Saudade

Saudade

Quando o olhar

Não alcança

O amor da vida,

Sinto pulsar meu peito

De tanta lembrança querida.

Lembro de quando criança

E nada mudou,

Pouca ou muita idade

Se longe estou,

Só saudade.

Às vezes é um tempinho

E a dor chega de mansinho.

Mas quando é um tempão

Essa saudade me joga no chão.

Não precisa motivo,

Muito menos razão

Pois saudade sentida

Dói bem fundo no coração.

Desencontros

Desencontros

Estive em lugares diferentes

E muitas vezes

Refiz desencontros

Da consciência

Que perde o galeio

Da estrada

Da perfeição.