quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Indefinida



Indefinida


Indefinida
A vida
É feita de encontros e desencontros,
Da alegria
De ver o cometa ilusório.

Indefinida
A vida
É feita de palavras escolhidas,
Da alegria
De viver entre o amor e a paz.

Indefinida
A morte
É feita de encontros e despedidas,
Da perda
De visão da vida específica.

Indefinida
A morte
É feita de palavras indizentes,
Da perda
De vivência entre o céu e a terra.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Capital ou Interior


Capital ou Interior

É vida
O que sinto.
Não consigo ficar parado,
Daqui pra lá,
Deste praquele lado.

Esta vida
É o que sinto.
Preciso dizer adeus,
Mas pra quem
Mas pra onde...(?)

Da lida já
Aprendi bastante.
Viver é construir
Um futuro brilhante
E celebrar o passado,
Como se fora um
Amigo distante
Com lições preciosas
Guardadas no fundo
Da estante.

Esta vida nos dá tudo
Desde que demos amor,
Pra fugir da capital
Só mesmo o interior,
Pra você que não conhece,
O povo de lá com
Palavras aquece.
É vida
É paz
Amizade que aparece.
É bicho que não acaba mais,
É aranha que ainda tece.
A palavra dita é confirmada,
Mas se não tiver trabalho lá
Não adianta nada.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Algo em Comum



Algo em comum

É bela
A sabedoria
Da natureza que
Gerou diversas
Variáveis de árvores,
Tendo algo
Em comum:
Todas
Possuem as
Raízes ocultas.
Ocultas dos olhos,
Ansiosos
Por conhecer
O vinco que cicatriza
A ferida borbulhante
Das dívidas passadas.
Passadas sob orientação
Daqueles que aguardam
O seguir firme e
Lento do viajante
À procura de estre-
Las na boca da
Tempestade.


quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Povo e Governo



Povo e governo


O povo sempre pensa
Que o governo é ignorante
Ao ponto de arranhar
O próprio rosto,
E depois emendar emendadas
Em ões e emenda dões.

O povo pensa sempre
Que o governo sempre
Teve fome de ideais
E talvez ideais
De fome para liquidar
O trato digestório do Brasil.

O governo burro condena
O povo ignorante
A contar piadas e a rir da esmola
Mínima
Que assegura a demanda
De bens de consumo
E bens de consulta
Diversão
Saúde
Pão
Arroz
Feijão
Amor
E compaixão.



segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Feiticeira Faceira



Feiticeira Faceira


Tu ensinas
Ao condor o vôo perfeito.
Condor voa, constrói um leito.

Tu renasces
Aos olhos, o existir alumiando.
Existência alumiada, escuridão quando?

Tu traduzes
Às flores a mais doce cor.
Flores coloridas, graça no amor.

Tu revelas
Aos mundos a divindade do ser.
Seres divinos, força no compreender.

Tu amplificas,
Aos horizontes, a mágica da feiticeira.
Feiticeira faceira, vida inteira.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Sol



Sol

Sol faz brotar
Luz em minha vida,
Marcado encontro
Que renova e santifica
O doce encanto
Neste momento eterniza.

Encantado Sol
Que ao corpo rejuvenesce
Quando olho ao derredor
Percebo que meu coração cresce
De amor avolumado,
Com carinho que enternece
Este poeta bem-amado.

E o luzir se agiganta
Alcançando o infinito
Numa explosão atômica
Emitindo curtas ondas
Do tempo penetrante
E seus segredos
Distantes.



segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Vestibulando




Vestibulando


Em minutos
A glória da alegria
Ou a desilusão do desgosto.
A luta travada
Com suor de ano.
De janeiro a agosto
De agosto a janeiro
Os livros pesando na memória,
Agora leves como plumas
Guardadores de história.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

A Festa




A Festa

A festa chegando torta,
A festa que comemora
O dia das avós mortas,
Dos avôs em memória,
Das crianças angelicais,
Dos tios ex-contadores de história.
A festa, pairando sobre as cabeças,
Contagia frieza e paciência
Dos mortos passados em vistoria.
A festa, finados os dias,
Findando-se com um abraço,
Um beijo assim, abençoado,
Levando-nos festivamente ao recôndito
Presente da existência infinita.