Nunca dormir

Nunca Dormir

Que a vida seja só amor,

O amor revelante de emoções

Pra criar estrela

E fazer brilhantes

Declarações mineiramente

Caladas e tocantes.

UAI! A moça já foi

Ou ainda vai?

Redescobrir as matas

Caipiras que tocam

Canções gerais

De sapiência transcendental.

Nunca mais

Esquecer a terra amada.

Nunca mais viver

Sem pensar em nada.

Nunca, nunca

Invejar ou odiar.

Nunca...

Pensar que o mundo

É incorrigível

E dormir em paz.

Pensante Mineirissimo

Pensante Mineiríssimo

Transcende morros o jeito de ser

Quieto, atencioso,

Mineiríssimo que explode

Em gana e vida.

Amar ao modo divino

Reflete a pureza d’alma

Que habita profundas experiências

Luminosas e alvas.

E no ar doutro mar

Parece só, o mundo

Que ressurge à beira

De um vendaval.

Verde minguante

Da terra Brasil,

Queima com fogo

Virando cinza.

Transcende montanhas

A mineirice

Conquistadora de multidões

Com jeito e meiguice.

Forte no modo

Que supera

Decisões

Entre o mundo

E o intra mundo.

Insolação

Insolação

Escrevo por que gosto

E não por obrigação.

Sentimentos que vão na alma

E também no coração.

Se palavras me faltam,

Posso até fazer uma canção.

Às vezes dá vontade de sumir

Mas o sol vive a me dizer

Que isso não é solução.

Vou os olhos abrir

Pro real transformar

O sonho do querer

Na verdadeira insolação

Do amar.

Cabeça já não pensa,

Só ao coração obedece

Realidade que se constrói

Na evolução da espécie.

Alar

Alar

Alados humanos sejam

Em busca do progresso

Nos corações alados

Do mútuo resgate

De quem não tenha

Sentimentos guardados.

Alados sejam os puros na essência

Em busca da regeneração

No amor maior

À vida acima de tudo.

Alados sejam

Aqueles que à maldade renunciam,

Também aos erros,

Crueldades

 E que sejam sem julgamentos

Desnecessários e hipócritas.

Luz se torne constante

Na alma dos homens

Que a verdade liberta

Trazendo dor menor

Que a de saber nada.

Ver adiante

Deixou de dom ser,

Verdadeiramente é construção.

E que a paz venha

Regenerando o sentir

Dos corações alados

Viajantes dos tempos

Do porvir.

Filosofar

Filosofar

Cada gota

Que explode

N’água azul,

Lança, no vão espaço,

Uma névoa

Que invade

Meu pensamento

E faz viver

Um grande contentamento.

Cada gota

Que explode

N’água azul,

Lança, no vão espaço,

Idéias de silêncio,

Que abraça

Os seres como quem

Diz vãs palavras,

Mas no silêncio é que a

Sabedoria habita e é feliz.

Cada gota

Que mergulha

N’água azul do mar,

Traz consigo

Um mundo mágico

Incontido de beleza,

Seu renome

Cala alto

Amainando a

Tristeza.

Cada gota

Que explode

N’água azul,

Lança, no vão espaço,

Uma névoa

Que inunda

 A estrada,

resgatando

O filosofar tudo (viver)

Ou filosofar nada (morrer).

Procura

Procura

Ontem no meio da multidão

Procurei seu olhar

Pra me tirar da solidão

E poder te amar.

Procurei ainda entre as nuvens

Mas lá também não estava.

Pensa que sucumbi?

Imagina, que nada!

Procurei entre as estrelas

Que é o lugar merecido

Pra receber seu brilho

De infinita beleza.

Procurei entre os peixinhos do mar,

Até entre os grãos de areia,

Na esperança de lá estar.

Descobri depois desta andança

Que estava procurando errado

Tinha que olhar lá pra dentro,

Pra dentro do coração,

Onde encontrei o danado.

E claro, você estava feliz

E sorridente do meu lado.