Licao

Lição

Dorme

Que a

Lição

Se encarrega

Da condição

De ser feliz.

Dorme e sonha

Com uma

Noite estrelada

E não diga

Nada

Que possa

Ofender a bela

Criação

Deste sertão

Que oferece

Milhares

De

Oportunidades

Para os

Humanos

Seres com

Amor

Para dar

A quem

Quer que

Seja.

E seja

Feliz!!!

Oh! Pobre

Mortal.

Cuide primeiro

Da raiz

Para que o vôo

Seja livre, firme

E grande,

Atingindo a imensidão

Do universo

Que revive a cada nascer do sol,

A lição

Da perseverança

Que principia

A verdade

De um amanhã

Sem igual,

Sem lágrimas,

Sem sofrimento,

Nem lamento.

Um amanhã

Cheio de amor

Com rosas

De felicidade

E um jardim

De paz.

Excursao Diferente

Excursão Diferente

Quando você parar

De sentir feito um louco,

Correndo daqui pra lá,

Pensando muito pouco,

Quando você parar

Na contramão

E começar a se entender,

A estrada será diferente,

A alegria tomará

Conta de seu viver.

Quando estes pingos

De saudade

Se desfizerem

No espaço,

Você será outro.

Quando a excursão

Atingir bem

Fundo o seu eu,

Tudo será mudado,

E a esperança voltará

A habitar o coração.

Nao Agora

Não Agora

Morrer sim, mas não

Agora.

Vivo um momento bom

Aqui nesta hora.

Os livros, únicos amigos

Sinceros,

Na selva de lutas,

Na selva de leões.

Meu amor se perdeu

No labirinto de meu eu,

Em um momento de amar

Onde ficou só lamento.

Morrer sim, mas não

Agora.

Ainda hei de vê-la

Minha, numa dessas auroras

De felicidade, em que viverei

Meus sonhos em uma só realidade.

Abafo dos Sentidos

Abafo dos Sentidos

Suportamos

As imposições

Dos preconceitos

Da geração decadente e

Não lutamos

Pela liberdade dessa gente.

O que somos,

Não importa,

Mas sim os olhos

E bocas vizinhas

Que são especialistas

Em falsear preconceitos

Na alheia porta.

O que sentimos,

Não sentimos,

Mas sim ocultamos

Pra cumprir

O protocolo

Social dos insanos.

O que pensamos,

Não compreendemos,

Mas sim nos submetemos

Às palavras

Sem razão

E sem ensinamentos.

O que ouvimos,

Não ouvimos,

Mas só sonhamos supor

Que tudo era

Harmonia

E desfez-se sem pudor.

O que vemos,

Não vemos,

Mas só imaginamos

Que a miragem infinita

Vinha ao nosso encontro.

O que reflete,

Não brilha mais,

Mas só irradia

Fé e amor

Do espírito

Que quer ser livre um dia

E nunca se desfaz.

Sangue de Theophilo

Sangue de Theóphilo

Está no sangue,

Que borbulha

Nas veias fortes,

Este jeito de ser,

De conquistar espaços.

Está no sangue

Este jeito

De ser Theóphilo.

Está no sangue das fortes veias

A dominante virtude

De não se deixar abater

Por pingos d’água.

Está no sangue,

Mas sem este,

Permanece no espírito

O Theóphilo.

Pai

Pai

Quisera neste momento

Estar ao seu lado e

A você beijar e abraçar e acarinhar,

Mas sabe pai

Tão importante quanto

Presente estar

É ter a imensa gratidão

De tê-lo como um grande exemplo

De vida vivida.

E agora quando também pai sou

Digo a você o quanto o amo e

Estimo não só como pai,

Mas como pessoa

Que traz força e  

Presença a todos

Que estão próximos.

Quisera neste momento

Conversar com você

E aprender um pouquinho mais

Com sua voz fraterna e firme

Com seu olhar míope e carinhoso

Com seu caipira jeito de viver

Com seu toque tímido amoroso.

E agora quando também pai sou

Descobri o quanto é importante

Sua presença nesta terrena

Vida passageira,

Passageira duma grande jornada eterna.

Desesperanca

Desesperança

O canto

Que rememoro,

Talvez seja o alento

De sonhar felicidades,

E por isso choro.

Sonhar,

Que parece

Ser pecado,

Pois a realidade

Do caminho longínquo

Nos arrasta pra outro lado.

Tortuoso céu

Envolvente

De senti-

Mentos

Pensantes

Nas costas

Reiterantes

Do nervo-

Sismo que

Quer tomar

Rumos estra-

Nhos na

Vida mutilada

Pela desesperança

Desesperada.

Poderes Atomicos

Poderes Atômicos

Queria ser uma bomba atômica

Pra cair numa guerra carnívora,

Arrasando soldados e Terra.

Sem ter dó dos inocentes

Arrasar pétalas de vida,

Polens de criação,

Sem ter pena de ninguém

Destruir tempos de existências,

Ventos de turbulações, e A mim mesma, bomba.

Extinguindo assim a espécie humana

Sem amor, sem grana.

Criando somente mais um deserto universal

Com movimentos vagos

E ecos mortíferos

De cadáveres empoeirados.

Sim..., isso é um estranho palpite.

Será verdade? Sim.

Mas que estranha querência?

Eis ai uma farsa

Com ocultos poderes atômicos.

Já pensou nisso tudo?

Agora lute pelo amor no nosso mundo.

Guerra do Golfo

Guerra do Golfo

Ah! Como o mundo é grande

E dá tantas voltas

Tantos sons

Tantas bombas

Tantas letras

Tanto sangue.

Oh! Sociedade

Que cria sons

E cria ilhas

E pensamentos

Suicidas.

Ah! Mundo vasto

De mil bezerros

E alqueires de pasto.

Oh! Como a sociedade é hipócrita

E masturba negras guerras

Sangrentas e fosforescentes

De estrondosos

Resultados.

Escrito em 18/01/91