Rimas do Século
Telefonias estéreis
Enlouquecedoras de psicodélicos anônimos
Vingam o silêncio
Com palpites alucinados
Pelos ouvintes fosforescentes
Tingidos de ocre no mundo
Dos loucos humanos.
Automotores alcoolizados,
Revolucionando o comércio
Brasileiro.
Tecnológicos
Enervantes de sociedades civis,
Já burocratizadas
Pelos bolos de papeis
Amontoados até o telhado
Nos escritórios
Decifradores de vontade pública.
O som alucinante
Dos grupos adorados,
Aliviador da área
Ao quadrado
Da tensão mundana.
Esvoaçante de triturados
Malditos do lado
Do prato de vômito
Da boca que também beija,
Encarniçam o sistema
Purificado da paz.
Barbáries acometidas
De toda revolta
Capaz de destruir
As torres gêmeas
Projetantes de sombra
Integrante de beleza concreta
Contra a natureza.
Ignóbeis rastejantes
De tijolos para a construção
De uma sociedade financeira
Satisfeita com a vida
Galinhante de certos
Magistrados meigos.
Escrita em 10/09/85
Nenhum comentário:
Postar um comentário